Wednesday, August 20, 2008

Thursday, August 14, 2008

Sunday, April 29, 2007

E Deus criou.... as Mulheres....

As gajas são mesmo bichinhos complicados!!!
Mas é que são mesmo!!!
Basta-nos confirmar mentalmente as atitudes destes ofídeos disfarçados de mamiferos...
Bem, a culpa é sem dúvida nenhuma dos homens, (pela minha parte é de certeza), porque decerto foram avisados.
Eu recebi um aviso do meu avô, dotado de grande sabedoria popular, que negligenciei, mas que dizia o seguinte:" Meu querido netinho, desconfia sempre de um bicho que sangra 5 dias seguidos e não morre!!!" Isto é do mais sensato que pode haver! Mas home que é home...Tem que ter gaja!!Porquê??? Para continuar a espécie ( ou ir tentando)... Para se ter sempre roupinha passada ao ferro, comer feito, loiça lavada... Para afastar boatos da vizinhança do estilo "Nunca lhe conheci namorada, é rabeta" Para se poder fazer vista quando se sai para qualquer lado.
E é exactamente aqui que está o "busilis" da questão: Sempre que um gajo se prepara para sair para ir a qualquer sitio, (quanto mais não seja para ir ao supermercado fazer a porra das compras), lá estão elas..."Olha, não é que não te saibas vestir, mas essa camisa não fica bem com essas meias, esses ténis não fazem pendant com as calças e as cuecas não combinam com a camisola interior...";"Já lavaste a cara???";"Não te penteias???", etc....Mas um gajo vai à puta da mercearia ou à entrega dos Globos de Ouro???E elas, man???Levantam-se às sete da manhã para sairmos ao meio dia e enquanto um gajo tenta dormir, fazem um banzé do caneco, com o duche e o secador (fora o raio do shampoo e a merda do sabonete Dove com quilo e meio que caiem no chão oco do poliban durante a lavagem), mais a gaita das portas e gavetas de armários e mesinhas de cabeceira a abrir e a fechar a todo o instante, com uma chinfrineira descomunal, que o filha da mãe do dia D com todos os bombardeamentos comparado com isto parecia uma conversa de mudos!!!!!Depois é o diabo da toalha molhada que as gajas carinhosamente largam em cima dos pés dum home, que só está tapado com um lençolito fininho e que dez minutos depois está completamente ensopado e enregelado!!!Após este torturante processo ainda dispendem cerca de hora e meia a vasculhar dois armários de roupa e só depois se começam a maquilhar, por entre um lamúrio de "não tenho nada para vestir(calçar)!!!".Toda a maquilhagem segue um ritual calculado ao mais pequeno pormenor e no qual nada pode ser adulterado:633 gramas de base escolhida propositadamente entre 32 dezenas de cores com nomes esquisitos (caju ribeirinho do Nordeste, amendoim torrado porto-riquenho, amarelo desmaiado ao pôr-do-sol, rosálido rebatido da Guiné Konakri, entre outros);Eye-liner pintado rigorosamente por cima das pestanas com 4 geométricas passagens da esquerda para a direita, porque se for da direita para a esquerda, assumem que ficam zarolhas;17 passagens de pincel com pelos do cu de égua de raça pura Schoppenhauser, para aplicação do "blush".(se a égua não for de raça pura, assumem que ficam com o trombone desfocado no caso de terem de tirar fotografias).Lápis nº 9 e meio para realçar o contorno da beiçola antes da aplicação do baton ( também escolhido criteriosamente por entre largos milhares de cores como a base), devendo este ser reflector, brilhante e que com um chocho não passe para os nossos lábios ou debote.Depois de todo este preparo (e horas), os retoques finais:Combinar os brincos, o colar e a pulseira.Parece ser tarefa fácil para o mais comum dos mortais, mas para as gajas...Porquê????Porque têm sempre uma gaita de uma caixinha em cima do toucador (ou cómoda ou ambos)que contém mais material bugigangal que a puta da Feira de Carcavelos, sendo que caem quase sempre em contradição, porque compram estas paneleirices todas na Parfois (por vezes) e não na Toujours (sempre).Caraças pá, até já faço piadas em francês!!!!Quando tudo isto está em conformidade, eis que se solta a fera abominável que habita dentro de cada um destes "anjinhos" que partilham connosco a casa, a cama e a puta da carteira.Ao fim de 5 longas horas de auto-flagelação, dizem como se de uma competição se tratasse:"Eu estou pronta e tu ainda estás assim???"Yahhh, mas elas começam com um avanço do caraças, não??E um gajo com a velocidade de cruzeiro que nos é reconhecida e 3 ou 4 interrupções para ajeitar o material dentro daquela cueca que a mãezinha nos deu aos 11 anos e que ela faz questão de não deitar fora porque nos fazem um rabinho sexy, está despachado! Depois dizem que são umas incompreendidas...Era bom é que levassem este tempo todo a ...

Saturday, April 7, 2007

Medo... muito medo...

Há sitios que me arrepiam!!Muito mais que cemitérios, morgues e casas mortuárias, os locais do tipo manicures, pedicures ou salões de cabeleireiro, põe-me os cabelinhos em pé!!Mas mesmo o cabelo todo. Não há pelito no sítio mais recôndito que esteja que não se ourice.Os serviços do SIS ou da PJ ao pé de uma cabeleireira ou manicure de bairro, são pura ficção.São verdadeiras agentes disfarçadas com pentes e tesouras.Ainda no outro dia, mais uma vez armado em namoradinho perfeito e ideal, lá fui eu com a minha princesa, a um salão de manicure onde se põe gel nas unhas para ficarem assim todas xiripiti… e aconteceria o mesmo se fosse ao salão de cabeleireira para cortar as pontas ao cabelo. Enganou-me, disse que era rápido...
Uma das coisas engraçadas e confusas nisto de cabeleireiras é que cortam só as pontas ao cabelo e pagam como se fossem rapar a guedelha toda. Bem, mas em nome da estética...Não me posso queixar porque também eu ia cortar o cabelo quando era puto á Paula, uma cabeleireira lá do bairro… era uma cena esquisita quando lá entrava… mas eu gostava! Parecia um paraíso só com mulheres, mas lá uma vez por outra ia ao barbeiro, que tinha aquela casa aberta á quase 50 anos sem nunca ter mudado a decoração. Ao menos na cabeleireira a coisa era mais apaneleirada… e eu até curtia…
Isto porque hoje acordei e assim que olho para o espelho da casa de banho quase que me estatelava na banheira…
“Tão giro que eu sou!", Balbuciei eu… mas este cabelo, ou quase cabelo é que não dá nada com nada. "Hei de fazer um transplante de pêlo colhonorídeo cá para a cabeça de cima… humm… pensando bem é melhor não, vou masé cortar o cabelo".
Ora aqui onde eu moro não conheço barbeiros, e lá tive que me rastejar para dentro de um salão de cabeleireira, esperando não ficar lá muito tempo á espera… mas quando lá cheguei o que se afeiçoava uma pequena espera, tornou-se para além de um interrogatório do estilo PIDE, (só faltou os choques eléctricos, luz intensa nos olhos e a tortura do sono), num upgrade de informação acerca de tudo quanto é gente que mora lá no bairro.
E aqui se diferencia o velho barbeiro, com o seu charuto com a cinza a cair para cima dum gajo e aquela fumarada toda, que só quer falar de putas, batota e futebol, das coiffeurs de senhora. E um homem é apanhado desprevenido...
A conversa típica é do estilo...
-Então, está tudo bem??? Os meninos??? O seu marido ainda faz aquilo???Isso é que é preciso. Oiça lá, a sua vizinha...Aquela, a do cu que parece uma mesa de cabeceira (Deus me livre que aquilo não é cu não é nada), ainda anda amigada com o tal alemão???
-Qual?? Ai não me diga que eu moro ali ao lado dela à 20 anos e não tinha dado por nada...
-Ai não sabia?? Disse-me a Joaquina, a que mora por cima daquela que anda sempre bêbeda, a Eduarda .Mas você veja lá não vá agora fazer conversa disto que eu não quero perder uma boa cliente.
-Esteja descansada. Mas tem um alemão??? Veja-se lá bem, uma mulher tão bem casada. Ele é um moiro de trabalho, sempre a fazer horas para não faltar nada em casa, ela sempre muito bem posta, sempre muito bem arreada e afinal um alemão...
-Olhe, eu só sei que o nome dele é Alzheimer. Dizem que trabalha para a WolksWagen e tudo.
-Malvada, há mulheres que não dão valor nenhum ao que têm em casa. Deve ser para imitar a outra...
-Ai, não me diga, qual outra????
-Eu não acredito que não saiba!!! A outra, a mulher do Quim Zé, o da oficina de carros. Bate-chapa.
-Quem???
-Está a ver ali a mercearia da Berta do Ranholas (que Deus tenha a sua alma em descanso), ao lado no rés do chão (aquele que tem sempre as janelas todas sujas), não mora um assim baixinho, sempre com as unhas cheias de porcaria que até é marrequito (coitadinho)???
-Sim, 'tou a ver...
-Atão, essa, a Palmira, dizem que anda metida com um inglês????
-Veja-se lá bem, a porcalhona não tem tempo para limpar as janelas e tem para pôr a lenha ao desgraçado...
Nisto, eis quando entra um "homem" e se dirige para a esteticista que tem o seu "gabinete" numa salinha apensa ao salão e apenas separada por um pladur fininho.Assim que o sujeito desaparece do horizonte visual, sussurra-se:
-Olha lá, Tina, eu não te disse que ele vinha??
-Ai este é que é o panilas???
-Olhe - virando-se para a cliente - este é o paneleiro que vem cá arrancar os pêlos todos do corpo...Todos!!!!
Nisto ouve-se um ai lancinante por detrás do pladur e remata a informadora:-Com cera quente...mas acho que lá nessa religião tem que ser assim... eles gostam uns dos outros é sem pêlos...Sabe quem anda também nessa pouca vergonhice??? O filho do Ti Laurindo...o que tem aquele cão grande o ...Arrotavailhe...que mordeu naquela senhora que o filho não tem orelha...Ai lembrei-me agora, mas isto tem que ficar só aqui, que quem foi apanhada a roubar no supermercado foi aquela que o marido é mouco...a Osória. Diz quem viu que tinha 3 pacotes de bolachas de água e sal (daquelas com os signos desenhados) enfiados 2 nas cuecas e 1 no sutien...Que vergonha...Deus me livre e guarde de fazer uma coisa dessas...
-Credo!!!
Eu a esta altura, já não sabia onde me enfiar...Mas a luta continuou...A cliente despachada, pagou e next...Dei por mim a pensar:
"Estas mulas do caneco, para além de terem todas nomes de Madames do Elefante Branco, tipo Xana Butterfly, Tina Mistério, Milu Sensação ou CáCá Tentação, deviam estar abrangidas, quais médicas da juba, ou gerentes da cabeleira, por sigilo profissional.Porra!!!Para quê comprar jornais???"
Mais curioso é que apareceu um estafeta a perguntar o nome duma rua e as gajas não sabiam!!!Mas se aparecesse uma saloia qualquer a perguntar quem era fulana de tal, sabiam dar até o código do Multibanco se fosse preciso!!!E as clientes???Maioria classe média baixa, com faixa etária compreendida entre os 50 e os 60 anos, a pintarem a trunfa de louro ou a fazer madeixas. Epá, se isso as fizesse ficar giras!!??!!
Estava lá um trambolho, a pintar o cabelo todo de roxo, mas com uma chanata com os amendoins de fora e com umas unhas que já eram no meu entender consideradas arma branca. Cheias de surro nas unhacas do penante, com varizes desde o artelho até à jugular, mamas pela cintura, cus de metro e meio cada borda, mais buço que o meu bigode, mas cabelo pintado às cores da moda.
É estranho esta falta de vista porque normalmente estes salões têm espelhos de parede a parede...
Já me esquecia, eram quase todas bidentes. Não que lessem o futuro, mas porque só tinham dois dentinhos naqueles aterros sanitários a céu aberto que elas chamam de boca. Ainda me perguntaram se queria uma "Lavage de Mije" ou um "Broshing"
...Respondi que não…, enquanto fugia...

Thursday, April 5, 2007

A Andy ou a Lu pediram-me para escrever... mas não me lembro bem do quê...

A Andy ou a Lu pediram-me para escrever sobre a noite animada que foi aquela saída??… ou pediram me outra coisa qualquer que já não me lembro…. Acho que tivemos a jogar Monopólio… e eu sem saber muito bem como descrever aquelas longas sessões de trabalho árduo que elas têm no local de emprego delas, lembrei-me de começar assim:

Eu sou um azarado do caneco!!!Por exemplo, quando tenho gases...Eu sei que todas as pessoas têem gases. Até mesmo aquelas gajas que ficam horrorizadas quando ouvem um peido e depois a sós fazem autênticas sinfonias duodénicas de fazer inveja ao Beethoven.Mas eu não devia ser autorizado a ter gases, ou ser multado por tê-los.E porquê???Porque sempre que flatulo, vulgo solto a farpa, algo de inesperado e assombroso me acontece.Eu vivo sozinho, (felizmente) e posso permitir-me certas extravagâncias menos permitidas aos pertencentes à classe dos casais.E lá ando eu passeando alegremente pela casa, todo nu (com o Jardel radiante pelas lufadas de ar fresco) ou em cuecas e de vez em quando, arregaço da nalga e ..."embrulha que ofereço eu!!!!"Até aqui nada de extraordinário, pensam vocês...mas ao fim de 3 ginjas, lá vem o "terror dos panos"...O "Molho"!!!!!E é aqui que o porco torce o rabo, literalmente!!Acontece-me não raras vezes (ao contrário do meu idolo peidoral e que tem o dom de os deixar vir ao Mundo quando quer e sem desastres), ser visitado por esta abominação da cueca.E quando isto me acontece, tudo o que me rodeia se torna longe demais...A casa de banho é no fim de um corredor interminável, a sanita fica do outro lado do Mundo e até os guardanapos de cozinha se tornam inalcançáveis. Demasiado altos ou baixos no móvel em que se encontram e inatingiveis, para quem está a comprimir as nalgas com uma força hercúlea, não as podendo afastar para o minimo movimento, nem que a sua vida dependesse disso.Mesmo que a nossa casa irrompa abruptamente em chamas, o que importa não é salvarmos a pele ou sequer os bens...O pensamento que nos assola é:"Primeiro vou limpar a peida, depois logo fujo daqui. Já viram a vergonha de chegar ao hospital de cueca com selo??? Antes queimaduras de 1º grau, borrado nunca!!!!"E lá nos arrastamos a fazer caretas como se tivéssemos bebido 10 litros de gasosa sem poder arrotar, num andar à pinguim, pé após pé (note-se não é passo a passo!!!!) até uma casa de banho que nos parece cada vez mais longe, por entre estridentes bujardas como cornetas sopradas por um furacão.E nesses dias de sorte, nem sequer nos lembramos que não há papel higiénico...E como estamos completamente em pânico, já a sentir as pregas do olho cego a tocar o tecido, invertemos a marcha directos à dispensa que fica na outra extremidade da casa, rezando, (por entre pequenos puxões no fundilho da roupa interior, apenas com o intuito de não carimbar a peça),por encontrar em caminho um exemplar da Revista "Caras" ou aquela resma de folhas que comprámos para a impressora e que estas nos digam:"Tiago, leva-nos...Será uma honra afagarmos esse teu real cagueiro!"E agora perguntam-me vocês:"E que tem isso a ver com a noite animada que foi aquela saída??"Nada, mas também estou-me a borrar
para isso...

Monday, April 2, 2007

Ai amor não sei onde meti os lenços... ia jurar que estava aqui na minha mala na 2ª bolsa do lado direito por cima da bolsa onde guardo os pensos....

Se há coisas que me deixam com a carola às voltas, são as malas das mulheres!Porra!!!Qualquer malita de mulher, seja pochette, malinha de mão ou tiracolo, parece a Fossa das Marianas. Não se consegue ver o fundo, por mais porcaria que se deite lá para dentro. Irra!!!As mulheres conseguem, através de um dom inato, fazer dum filha da mãe de um minusculo porta-moedas, a mala do Sport Billy.Lembram-se???Tudo o que se mete lá dentro, consegue ser reduzido a um décimo do seu tamanho original. Mas é o que quer que seja, desde a moedita de um cêntimo até um cabrão de um frigorifico ou guarda-fatos!!!Quase que aposto que se fossemos nós homens a ter que arrumar e transportar tudo que elas carregam dentro da porra das malitas, precisariamos por certo de uma mala de viagem!!!Ou dum contentor do terminal de Santa Apolónia, com o respectivo camião com trailler e semi-trailler!!!!Por exemplo: Ainda no outro dia a Bé pediu me para lhe dar uma merda qualquer que estava na mala."Olha, mor, tá aí na mala, tira!!!" .Eu, cheio de coragem, avancei destemido para a mala ( apesar de caminhar pelo vale da morte, nada temerei), e enfiei lá a manita, senão quando...Primeiro: As mulheres têm uma carteira enorme, para poderem andar com tudo...Cartões de crédito/débito, 3 ou 4 cartões dos pontos de bombas de gasolina (embora metam sempre combustivel na unica que não dá pontos), cartão do Ginásio, cartão de utente do posto médico, cartão de contribuinte e BI, fotos de toda a familia até ao século XIII, talões do multibanco desde que abriram conta até aos dias de hoje, carta de condução e documentos da viatura e um sem numero de post-its com numeros de telefone.Na mesma carteira têm a secção das notas e uma secção vazia para as moedas, onde guardam um par de brincos suplentes, um fiozito de por ao pescoço e uma bracelete.Quando já mais nada cabe na carteira que sofre de obesidade mórbida, começam a atirar descuidadamente para dentro da malita de tudo.Carregam para todo o lado e religiosamente como se vivessemos sob a iminente ameaça de ataque nuclear, o seguinte material: 4 ou 5 pensos higiénicos, de tantas outras marcas e feitios, com abas , sem abas, tanga, normal, super-absorvente, mesmo que tenham acabado de ter o periodo menstrual há somente dois dias; 4 ou 5 tampões,(Tampax, OB, etc), com cordel, sem cordel, pela mesma razão que levam os pensitos...Um porta moedas, para transportar os trocos que não cabem na secção das moeditas da gorda carteira, porque podem riscar a pulseira sobressalente...O telemóvel, com a respectiva bolsinha protectora, mais o carregador, porque se pode acabar a bateria...Um chaveiro enorme que só tem as chaves de casa, da porta do prédio, do correio, da arrecadação, da garagem, da gaveta da secretária do trabalho, do armário do arquivo do trabalho e como berloque, um peluche quase à escala real...Outro chaveiro do mesmo tamanho que tambem só tem a chave da ignição do carro, do depósito de gasolina do automóvel, a chave do alarme do mesmo,a chave de casa da mamã, a chave do prédio onde mora a mamã, a chave do diário que escrevia aos quatorze anos e outro enorme peluche à mesma escala, para fazerem companhia um ao outro.Utensilios para o cabelo, tais como: Duas molas de cor e tamanho diferentes, uma fita ou elástico (ou ambos) para apanhar o cabelo, mais vinte ganchos de todas as formas e feitios. Algumas, senão todas, levam dentro de um dos 145 compartimentos que as malas de senhora contêm, uma cuequita para o caso do retentor não funcionar e num peidinho mais matreirito, se borrarem.Carregam também um kit completo de retocadores de maquilhagem, mais parecido com uma feira internacional da Channel.Baton, eyeliner,etc., têm de tudo...Levam atrelado 2 a 3 farmácias, com comprimidos para todo o tipo de dores e sintomas, supositórios, as pilulas anticoncepcionais ( que só tomam em casa à noite), pomada contra mosquitos...Dois ou mais pacotes já abertos de pastilhas elásticas de todos os sabores, com açucar ou sem, menta, morango, laranja, tangerina, sem contar com os invólucros sem pastilha que por vergonha não deitaram fora...Uma agenda de 1988, com os números de telefone, datas de aniversário de gajos e gajas da escola primária que nunca mais viram, moradas desactualizadas de ruas onde estes mesmos desaparecidos moravam, etc...Mas o pior de tudo é que quando elas dizem que está na mala, um home até treme...É que estas "mocinhas", têm 7 a 8 malas, todas assim arrumadinhas!?!?!?!Depois de tudo isto e mais alguma coisa que agora me escapa, um gajo pede para elas levarem o nosso telemóvel (para não ir com ele no bolso das calças e dar aso a más interpretações) e elas dizem:"Oh morzinho, já não cabe...", "Eu até levava, mas..."Mas pior é depois de uma ida a qualquer lado um gajo chega a casa e na intimidade do lar, começa-lhe a subir a líbido, começa-se a ganhar moral, um home vai direito a elas e ouve:

"Ai, fofinho, hoje não. Estou tão cansada, não sei porquê!!"

Ora porra, se eu carregasse aquilo que elas carregam todos os dias, decerto já teria uma escoliose aguda na espinhola, ou era o corcunda de NotreDame.

Conversas de casal...

"Olá amor!
- Olá!
- Trabalhaste muito?
- Sim.
- 'Tás cansado?
- Um bocadinho.
- Toma um banho!
- Vou já... vou só dar uma volta...preciso de sair.......
- Ah!... vais sair?
- Vou dar uma volta para relaxar.
- Sozinho?
- Sim... sozinho.
- Vais aonde?
- A lado nenhum, vou só andar por aí.
- Sozinho?
- Sim.
- De certeza?
- Sim.
- Queres que eu vá contigo?
- Não... deixa lá... prefiro ir sozinho.
- Vais andar sozinho por aí?
- Vou.
- Vais a pé?
- Sim, vou só esticar as pernas para aliviar o stress.
- Porque não vais de carro?
- Pronto está bem, eu vou de carro.
- Vais demorar?
- Não... p'raí uma hora.
- Vais a algum lugar específico?
- Não... só andar por aí.
- Não preferes ir a pé?
- Não... vou de carro.
- Vais com o teu ou com o meu carro?
- Com o meu.
- Vai com o meu... tem leitor de CDs... o teu não!
- Não vou ouvir música... vou espairecer...
- Tás a precisar?
- Não sei... vou ver quando sair!
- Não demores!
- É rápido... (Abre a porta de casa.)Vá, até já.
- Olha, mor, traz um geladinho pa mim...
- Trago... que sabor?
- Chocolate.
- Ok... quando voltar, eu passo no café e compro.
- Quando voltares?
- Sim... senão derrete.
- Passas lá, compras e deixas aqui.
- Não... é melhor não! Na volta... é rápido!
- Ahhhhh!
- Ok! Beijo... já volto...
- Ei!
- O que é?(já a ficar irritado)
- Chocolate não... Manga...
- Não gosto de Manga!
- Então traz de manga para mim e o que quiseres para ti.
- Ok! Vou indo.
- Vem aqui dar-me um beijo de despedida!
- Querida! Eu volto já...
- Depois não... quero agora!
- Tá bem! (Beijo.)
- Ei!
- Que é, porra?
- Pronto, malcriado! Vai-te embora!
- Então até já.
- Porque queres ir sozinho? Vais encontrar alguém?
- Oh que C...........o. O que queres dizer?
- Nada... !
- Olha lá... achas que te estou a trair?
- Não... claro que não... mas sabes como é...
- Como é o quê?
- Homens!
- Generalizando ou falando de mim?
- Generalizando.
- Então não é meu caso... sabes que eu não faria isso!
- Tá bem... então vai.
- Vou.
- Ei!
- Olha a p...ta da minha sorte. Que é que foi agora?
- Leva o telemóvel, estúpido!
- Pra quê? Pra me ligares?
- Não... caso aconteça alguma coisa, tens o telemóvel.
- Não... deixa lá...
- Olha... desculpa pela desconfiança... estou com saudades... só isso!
- Ok meu amor... Desculpa-me se fui chato.
- Tá.. eu amo-te!
- Eu também!Fui...
- Olha...
- O que foi agora, fod....se??
- Posso mexer no teu telemóvel?
- P'ra quê?- Sei lá! Joguinhos!
- Vais jogar com o meu telemóvel?
- Vou.
- De certeza?
- Tá bem... ok... então leva o telemóvel senão eu vou mexer...
- Podes mexer à vontade... não tem lá nada...
- Ai é?
- É.
- Então onde está?
- O quê? O telemóvel??
- Não. O que deveria estar no telemóvel mas não está...
- Afinal falas de quê!?
- Nada! Esquece!
- Tás nervosa?
- Não... não estou...
- Então vou!
- Ei!
- Que ééééééé?
- Afinal não quero gelado!
- Ah é?
- É!
- Então porra, afinal também não vou sair!
- Ai é?
- É.
- Que bom! Vais ficar aqui comigo?
- Não... tou cansado... vou dormir!
- Preferes dormir a ficar comigo?
- Não... vou dormir, só isso!
- Estás irritado porquê? Estás nervoso?
- Claro, porra!!!
- Então, porque é que não vais dar uma volta para espairecer? "

Foda-se!

Saturday, February 17, 2007

"Cheira a Mijo!", mas não está escuro...

Calma. Eu sei que, infelizmente, todas, ou quase todas as pessoas mijam na água. Toda a gente sabe. Isto é um facto. E toda a gente gosta de pensar que, por ser no mar, que é uma coisa assim até grande e com espaço, não há mal nenhum. Mas há, claro. É mijo. Sim, é verdade que, exceptuando o quentinho momentâneo, o mijo até acaba por passar despercebido na imensidão do oceano. Dilui-se. Claro que dilui, não duvido. E uma gota de urina na panela da sopa? Também se deve diluir. Não querem brincar a isso também? Aliás, se a lógica é essa, a de que, passando despercebido, se pode fazer porque não há mal nenhum, então que tal defecar num daqueles lagos onde se tomam banhos de lama, hã? Também devia ser jeitoso. Mas o que me faz confusão é quando se percebe que foram à água só para mijar. Pelo menos tenham a atenção de não se perceber que acabaram de ir mijar. Se eu não percebo que alguém está a mijar, é como se ninguém, alguma vez, tivesse mijado na água onde me estou a banhar. Não me passa pela cabeça e consigo-me divertir e abstrair do facto que ando a beber urina. Mas se percebo que mijaram, pronto, está o dia estragado. Porque é que vão lá de propósito? Porque é que não aguentam até irem tomar banho? Porque é que entram até a água lhes chegar à barriga, ficam quietos durante uns segundos, e vão logo embora, nitidamente mais aliviados? Toda a gente percebe! Fiquem mais um bocadinho. Disfarcem a micção. Mergulhem, andem, apanhem pedras, mexam na água, lavem o balde do vosso filho. Alguma coisa. É que até já vi senhoras a adoptar a posição fecal, ou seja, mijando ali, com a água pelo peito ou lá perto, como se estivessem em casa ou no mais recôndito matagal. Baixam-se, como se se estivessem a ambientar à água. Ficam assim uns segundos. E pumbas! Levantam-se e vão-se embora. Não se estava a ambientar à água! Foi só mijar! E essa gente deve pensar que não reparo que vão mijar a uma ponta e tomar banho noutra. Os patifes.


P.S: É apenas a minha consciência a falar...
P.S.2: As senhoras da foto não estão a apanhar conchas... estão a mijar...
P.S.3: "Ai que eu mijo-me! ahahahahaha"

Monday, February 5, 2007

Ar de quem não está aqui a fazer nada, ou está aqui mesmo só por estar…


O mais estúpido é que estar aqui ou não estar é o mesmo que não estar aqui ou estar. Em contrapartida estar aqui invalida o não estar e logo aí podemos supor que mesmo que aqui estejamos, é como se não estivéssemos. Mas o mais óbvio é quando paramos e pensamos: “Epá mas eu estou aqui!...”, mas é a mesma coisa de estarmos e pensarmos: “Epá mas eu estou aqui mas é como se não estivesse!”. Até porque se não estivéssemos de certeza que não estaríamos aqui… Mas como estamos aqui, é porque não estamos noutro sitio, e assim sendo significa que estamos aqui…
Mas mesmo assim continuamos com a sensação que estar aqui ou não estar é quase a mesma coisa que estarmos noutro sitio… e assim é como se não estivéssemos aqui.
Mas se não estivermos aqui, estaríamos noutro sitio, e tudo voltaria ao mesmo… estaríamos nesse sitio mas é como se não estivéssemos, porque estaríamos noutro sitio e continuaríamos a estar aqui a fazer nada e estaríamos nesse sitio mesmo só por estar.
Mas se estivemos noutro sitio que queríamos estar é como se não quiséssemos estar noutro sitio. O que significa que se estamos num sitio que queríamos estar e isso é porque não queríamos estar noutro sitio. E se não estivéssemos nesse mesmo sitio, estaríamos noutro. E é aqui o busílis da questão… é como se estivéssemos num sitio mas quiséssemos estar num outro sitio, significa portanto que estamos aqui a fazer nada e estamos aqui mesmo só por estar…

Desculpem a longa ausência… mas foi por motivos de força maior.
Espero que não tenham sentido muitas saudades…

Monday, January 22, 2007

Lembranças de criança: A Rua Sésamo! melhor que a Floribella... Fodasse!...

Acima dos vinte e poucos anos, não há quem não se lembre da Rua Sésamo. Faz parte do nosso imaginário colectivo e essas coisas assim... Será, tal como milhentas outras séries tipo o Tom Sawyer ou até mesmo os Simpsons, uma daquelas coisas que marcou a infância de muito boa gente. Mas, é aqui que a porca torce o rabo, o feito de marcar a infância de alguém não é automaticamente sinónimo de qualidade e gabarito. Por exemplo, quer-me parecer que as colheres de pau também marcaram a infância de muita gente, pelo menos marcou a minha… e o meu rabo… e se sair agora uma edição especial de colheres de pau no Jumbo não é provável que uma considerável quantidade de pessoas vá a correr comprar colheres de pau. Nem há gente que, com um brilho nos olhos e voz nostálgica ou, por outra, com um entusiasmo aparvalhado, ande para aí a relembrar as vezes que levou com colheres de pau em conversas intermináveis e estupidas. E isso acontece por uma razão muito simples. As colheres de pau lembram sovas, coças e surras. Coisas más. Também deixava marca, mas era daquelas que doíam. Infelizmente, a Rua Sésamo, em muitos dos seus aspectos, marcou da mesma forma que uma colher de pau. Doía. E, por isso, deixou marca. Marcou infâncias, portanto.
Nunca fui grande fã de interacções humanos/bonecos. Haverá, como em tudo nesta vida, excepções, mas, à partida, não é coisa que me faça lamber os beiços ou dançar sapateado apetrechado de um chapéu de feltro e uma bengala daquelas só para o estilo. Ou é com bonecos ou com pessoas. Já bastava quando metiam aquelas histórias horríveis sobre pessoas a sério nos livros do Tio Patinhas. Na Rua Sésamo, isso dos humanos na paródia com bonecos era costumeiro. No rol das chamadas “pessoas”, tínhamos por exemplo o André e a Guiomar que, juntos, protagonizaram a relação de vai-não-vai com menos te(n)são sexual de que tenho memória. Ele, André, interpretado por um Vítor Norte já com aquela cara de “eu quero é deboche a toda a hora e em todo o lado, mas queria ter na mesma qualquer coisa de Legendary Bacalhau Man, para não parecer que estou é sempre a pensar em cowboyadas”. Ela, Alexandra Lencastre, novinha, e, inexplicavelmente, sempre enfarpelada com grossas e largueironas camisas de flanela, para além dos inconvenientes livros e pastas que transportava sempre junto ao peito. Ora, até ver, Alexandra Lencastre é sinónimo de mamas. Se, por qualquer camisa de flanela largueirona e monte de cadernos, não há qualquer vestígio de mamas, não vale a pena haver Alexandre Lencastre. Se era para isso, punham uma actriz a sério, uma daquelas que diz que a sua grande paixão é fazer teatro experimental daquele só com choradeira, berros e pessoas feias e nuas.Foi, por isso, por não ter qualquer memória das mamas da Alexandra Lencastre na Rua Sésamo, que estranhei quando o produtor da série, disse que, certo dia, tinha chamado a Xana ao seu gabinete para lhe passar a seguinte novidade, e passo a citar de cabeça: “Alexandra, não te posso ter mais aqui. Não quero ter os putos todos a masturbarem-se por tua causa”. Não me parece que fosse um problema assim tão real ou frequente. Não há, por exemplo, comparação possível entre a Alexandra Lencastre da Rua Sésamo e a Alexandra Lencastre do genérico da “Ana e os sete”. É a eterna diferença entre uma camisa de flanela grossa e um varão de clube de strip. Também já sabiamos cantar os primeiros versos da canção de abertura da Rua Sésamo que, relembro, consistia num até aqui puro e virginal “vem brincar, traz um amigo teu”. E, sim senhoras, aqui fica uma bela imagem mental. Daquelas reconfortantes, para adormecer. Ora bem, chateavam-me os humanos numa série de bonecos. E chateavam-me alguns bonecos ou algumas coisas de alguns bonecos. O Egas e o Becas tinham demasiado tempo d’antena. Junto com eles, o seu hábito de tomar banho juntos e lutar constantemente pelo usufruto de um patinho de borracha de cor amarelo. Além disso, Becas é nome de mulher, que eu bem sei. É diminutivo de Rebeca ou qualquer coisa assim. Porque é que não se chamavam Egas e Rui, por exemplo? A sonoridade era menor, mas, caramba, Rui sempre é nome de homem. Becas não. Depois, o Ferrão metia um bocado de medo. Vivia num lagar, mas nunca o víamos pisar uvas, e parecia um daqueles desperdícios de oficina ensopados em mousse de chocolate ou, quem sabe, até cocó. Mas, uma coisa é certa, de entre muita porcaria que deixou marca de colher de pau, a Rua Sésamo também tinha coisas boas e com a sua graça. E quem nunca chateava ninguém era o Monstro das Bolachas. Era um gajo unânime. Daí que, quando aqui há tempos se disse que na versão americana o descontrolado mostrengo iria dosear a sua eterna avidez de biscoitos e até começar a comer bacalhau e sopa de nabiças, muita gente tenha ficado estarrecida. Roubavam a essência, a alma, a uma das grandes personagens da Rua Sésamo. Aparentemente, alguém achou que o Monstro das Bolachas não dava um bom exemplo para as crianças e poderia estar a contribuir para o aumento dos casos de obesidade infantil. Percebe-se então o problema. A proporção de gordos necessária a qualquer sociedade saudável é de um para quatro putos normais. Em cinco putos, um pode, e deve, ser gordo. Para ir à baliza.
Mas o cu nada tem a ver com as calças. E, antes de mais, deviam era agrafar às virilhas os testículos do gajo que encontrou uma relação entre ver o Monstro das Bolachas a enfardar e decidir começar a embuchar à maluca. Estas absurdas correspondências sempre me fizeram confusão. O exemplo mais comum é a da violência na televisão que provoca violência juvenil nas ruas. Com que então, há demasiada violência na TV e isso, ora bem, é que torna os jovens mais violentos? Faz perfeito sentido, faz. Mas, se assim é, tem que funcionar em todas as suas abrangências. E, vá lá ver, também há demasiado Manuel Luís Goucha na televisão, e, que se saiba, não é por isso que há para aí ranchos de adolescentes com fatos de cetim cor-de-rosa e camisas de seda com cores claras e leves a aterrorizar as ruas armados em galináceos. Com o Monstro das Bolachas passa-se o mesmo. Além de que, como toda a gente sabe, ele nem come as bolachas. Parte-as todas e faz um estardalhaço do caraças, mas não come nem uma. Os gordos que imitem o Monstro na perfeição e deixa logo de haver problema. Se não emagrecerem por não chegar a comer as bolachas, emagrecem a limpar o chão que ficou cheio de migalhas, que sempre é exercício físico. A questão central aqui passa por tornar claro que o velhinho Monstro das Bolachas nunca foi, nem será, um mau exemplo. Por amor de Deus, na Rua Sésamo até um vampiro para lá têm. Um que conta muito bem até dez, é certo, mas um vampiro. Os vampiros sorvem sangue. Mas, aparentemente, desde que não engorde, não há problema.
Nem sei como não decidiram introduzir uma personagem tipo, um boneco que tem sida e que mostra a todos como a condição de seropositivo ou um boneco cor de rosa e homosexual. Tudo isto será, porventura, um bocado confuso. Não se pode comer bolachas, mas pode-se ter sida, pode se ser homosexual? Então os miúdos já vão todos querer imitar e esses bonecos e desatar para aí a apanhar sida em tudo quanto é canto em actos homosexuais? Coerência é o mínimo que se pode exigir ao moldador de carácter que a Rua Sésamo diz ser. Enfim, independentemente disso, também não sou apologista da introdução de novas personagens em séries já cimentadas e com uma considerável e fiel base de fãs. Se tivesse mesmo que ser, deviam ter aproveitado para aplicar essesconceitos às personagens já existentes. E, já que nos tirariam o Monstro das Bolachas como sempre o conhecemos e admirámos como sendo um enormíssimo paneleiro, ao menos enfiassem com a sida no Poupas, por exemplo. Um Poupas com sida era um Poupas mais suportável. Era um Poupas com a esperança de vida que sempre mereceu…. Poderia até ter mais audiência para os mais velhos e assim já teríamos uma telenovela, e as crianças escusavam de ver a morsa…. Aliás… a Floribella…

Sunday, January 21, 2007

Finalmene encontrei patrocinador oficial para o meu Blog, a Delta Cafés, por isso bebam muitos cafés Delta porque até pareçe que andam de Asa Delta...


Infantiló-Inocência...


Quando eu era mais puto, sofria de uma doença que não sei o nome mas era baseada em: “ainda não tenho os neurónios todos por isso estou sempre a ser ludibriado”.Quando entrei para a primeira classe, disseram-me que havia um miúdo morto numa poça de água no recreio. E eu acreditei. Durante uma semana inteira. Acho que só comecei a desconfiar quando passou a época das chuvas e a poça secou.Porque não desconfiei antes já que os professores da escola não tomavam medidas e nem sequer comentavam uma situação desta gravidade? É preciso ver que ir para a 1ª classe era como entrar numa terra sem lei em que os miúdos mais velhos nos podiam bater quando quisessem e, dizia-se, havia sempre uma dezena de ciganos à espera que passássemos os portões da escola para nos roubarem o relógio. Era cada pequenino por si! Por isso é que estávamos sempre a correr de um lado para o outro sem motivo aparente. Estávamos a praticar a nossa velocidade.No entanto, tudo era esquecido quando acabava o recreio e entrávamos dentro da sala de aula; solo sagrado onde voltávamos a acreditar piamente na professora. A Sra. Professora dizia-nos para passarmos horas intermináveis a picotar um papel em cima de uma esponja e nós, maravilhados, cumpríamos a tarefa de bom grado. Fazia-nos esquecer a manhã exaustiva de volta das contas de somar. “Quando for grande eu quero ser picotador” diziam alguns alunos cheios de orgulho. “Sinto que a minha formação como pessoa é mais completa desde que iniciámos as aulas de picotagem” pensava eu…E, olhando para trás, posso dizer com segurança que os meus companheiros que mais subiram na vida foram os que, em vez de irem para o recreio no intervalo, pediam à professora para continuarem na sala a praticar a arte cheia de significado que é a picotagem. Hoje, alguns são mesmo professores primários e continuam a ensinar essa brilhante e mitica arte… outros viraram actores pornográficos, uns arrajam esquentadores, outros trabalham numa redacção de uma pensão de 2 estrelas em Lisboa… e outros escrevem em Blogues e não têm mais nada que fazer que ficar de frente ao computador a comer amendoins e a sofrer algo género de uma diarreia mental… tal como eu…

Saturday, January 20, 2007

Publicidade não enganosa

O mundo da publicidade parece-me ser um tanto enigmático, até porque há já muito tempo que nos provou a existência de anúncios que, pura e simplesmente, não perdem eficácia. Como bem sabem, a Calgon usa o mesmo anúncio desde que existe televisão. Só muda, e mesmo assim, apenas ligeiramente, quando o técnico de máquinas de lavar morre e é preciso usar outro, actualizando nomes e anos de experiência na virtuosa área do calcário acumulado. Sempre achei fascinante que o técnico fosse apresentado como portador de várias décadas de experiência. Quarenta e tal anos, às vezes. Realmente, há quatro décadas atrás, arranjar máquinas de lavar em Portugal devia ser tão proveitoso em termos financeiros como ser ginecologista no Irão, mas tudo em bom, aquilo passa por credível. Há sempre uma dona de casa desesperada que deixou uma peça qualquer – que parece arrancada de um grelhador – ficar cheia de calcário. O técnico passa-lhe uma descasca, como se a máquina fosse dele e a dona de casa lhe devesse explicações, e recomenda-lhe, quase sob a forma de ultimato, Calgon, produto do qual, por acaso, até tem uma embalagem naquele preciso momento. Mais que pagar um qualquer arranjo futuro da máquina, o que assusta o telespectador neste momento é, sem sombra de dúvidas, o mais que provável raspanete do especialista ancião. Depois vem a musica:
‘Prolongue a vida da sua máquina...’ [pequena pausa que eleva absurdamente os níveis de excitação do telespectador, levando-o mesmo a entrar em histeria e exclamar levantando-se do sofá: ‘Com o quê? Com o quê? ‘] , ‘(…) com Calgon!’.
Há alívio na mente do telespectador e o produto marcará presença no próximo carrinho de supermercado.

Uma questão de cultura.



Quando a Carla Matadinho pousou para a MaxMen não fez algo de muito diferente de Einstein ao legar o seu cérebro à Ciência. Um e outro tiveram a bondade de deixar ao mundo a sua única e extraordinária virtude.

Thursday, January 18, 2007

"Sou Eu!"

Há muito tempo que me intrigam as coisas que as pessoas dizem quando se toca á campaínha e alguém pergunta: "Quem é?". Os carteiros respondem sempre "É o correio!", quando deveriam dizer que é o carteiro, visto que as cartas não falam. Os miúdos da publicidade usam a mesma lógica, porque se dissessem que eram "o Ruben do 10ºF que distribui publicidade para ver se consegue comprar uma scooter para impressionar os amigos", duvido que alguém lhes abrisse a porta. O homem do gás diz que "é o homem do gás", o que chega perfeitamente, pois ninguém quer saber o nome dum homem que anda no negócio de levar bilhas. A menos que fosse uma daquelas loiras que andam a levar as novas garrafas, as pluma... mas eu uso dessas e já encomendei e até agora vem sempre um gajo com barba e cara de mau... (talvez eu tenha tido azar e elas estivessem de folga...). As testemunhas de Jeová não dizem nada e apenas esperam que Deus lhes conceda uma oportunidade de espalhar a Sua palavra. Já os ladrões e os agarrados não podem dizer "É um ladrão e/ou agarrado", logo dizem que são uma das pessoas que referi anteriormente. Mas a resposta mais genial de todas é o clássico "Sou eu!". Toda a gente já a usou, e é uma resposta que prima não só pela sua sinceridade, mas também pela sua eficácia quanto à questão de abrir portas. As hipóteses que existem para além desta, não são nada de jeito. Há o dizer o nome na terceira pessoa "É o Não-sei-quantos", que nos faz soar a um egocêntrico que fala de si como uma entidade superior. Também há a versão da auto-afirmação, em que se diz "Sou o Não-sei-quantos", e que faz lembrar os maluquinhos deprimidos que sairam há pouco do hospício e que ouvem cassetes de auto-ajuda enquanto vão a caminho do consultório do seu terapeuta. Dentro do "sou eu" existem duas principais variantes: o "Sou eu, abre a porta!" e o "Sou eu, o Não-sei-quantos!". A primeira tem de ser dita no tom autoritário e/ou agressivo, e intensifica a eficácia da abertura da porta. A segunda é bem mais sincera, e tem como objectivo refrescar memórias, enfatizar afectos, ou até mesmo abrir a porta.É claro que os intercomunicadores com vídeo andam a lixar esta inofensiva prática. Basta tocar á porta e olhar para a câmara, e mesmo assim ainda perguntam: (...Quem é?) , como se não nos tivessem a ver. Só nos resta mesmo tocar nas campaínhas e fugir. Nenhuma tecnologia irá destruir essa bela tradição de entertenimento infanto-juvenil... que saudades...
(... não está ninguém...)